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O Eremita | A verdade vem de dentro e não pode ser ensinada

O Eremita é o nono arcano maior do tarô. Um dos arquétipos mais conhecidos no imaginário coletivo, representado nas histórias, nas “Jornadas dos Heróis”, como o velho sábio, o professor, o mentor, o mestre. Aquele que guia, orienta e ensina habilidades novas ao Herói, como Merlin (Rei Arthur), Yoda (Star Wars), Mestre dos Magos (A Caverna do Dragão), Dumbledore (Harry Potter) e Mestre Miyagi (The Karate Kid).

O Eremita é representado nas cartas de tarô como um velho, com uma longa barba grisalha, por vezes, meio curvado, com uma longa túnica que apresenta capuz, em uma de suas mãos uma lanterna e na outra um cajado ou foice. Mas o que isso significa?

Numa carta de tarô tudo é repleto de significado. Por isso, vamos detalhar o que podemos tirar como aprendizado de cada símbolo na carta do Eremita.

Primeiro, a barba longa e a frequente curvatura do corpo (meio corcunda) tornam visível como ele é um velho. Ou seja, alguém com muita experiência de vida, que para chegar onde chegou precisou desenvolver (e detém): maturidade, paciência e resiliência.

O Eremita também pode ser chamado de Ermitão (nome de uma espécie de caranguejo). Eremitas são conhecidos por se isolar socialmente e viverem sozinhos. Por isso a longa túnica com capuz é como a concha do caranguejo. O Eremita é, portanto, também símbolo de solitude. Ele se isola para meditar, numa constante busca interior, com reflexões que levam a compreensão mais elevada. Ele gosta de ficar sozinho, e em sua solidão encontra as respostas que estão em seu interior. O Eremita conhece seus desejos e defeitos.

No caso da lanterna ela representa uma das máximas do velho sábio: “eu ilumino meu próprio caminho”. O eremita é protagonista da própria vida, como dito antes: ele se conhece. Ou seja, para tomar decisões ele não ouve os outros, ele confia em si. Porque sabemos que as profundas verdades sobre a vida vêm de dentro e não podem ser ensinadas.

Já o cajado é um símbolo de autoridade e sabedoria. O cajado é a ferramenta do pastor, logo aquele que tem o cajado guia e orienta o rebanho.

E por fim, a foice, que só aparece em alguns tarôs (como no mitológico) representa o fim de um ciclo. A finalização de uma fase, aprendizado ou processo.

Resumindo, aprendemos com o Eremita a importância de termos nossos momentos de isolamento, onde devemos ir atrás de nos conhecermos. Tomando nota dos nossos pontos fracos e fortes, desenvolvendo paciência, resiliência e sabedoria e finalizando capítulos de nossa história que devem ser deixados para trás.

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2 thoughts on “O Eremita | A verdade vem de dentro e não pode ser ensinada

  1. Luiz disse:

    Olá , gosto muito do tarô e adorei a sua interpretação do eremita , poderia continuar falando dos outros arcanos. Gratidão 🙏❤️

  2. Carla Queiroz disse:

    Incrível a leitura =) Acredito q eu esteja vivendo esse arquétipo no momento… muitas representações oníricas relacionadas

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